quarta-feira, 25 de junho de 2008

Rivotrill - Curva de Vento

Animado por natureza, por sua levada nordestina, Rivotrill recorre ao pós-rock para mostrar a antropofagia em sua melhor performance.

Esqueçamos um pouco música brasileira. Falar em maracatu, frevo e até chorinho é a forma mais fácil de cair numa avaliação de Curva de Vento, o primeiro disco da carreira desta promissora banda de Pernambuco. Um álbum instrumental que alterna, a todo o momento, passagens introspectivas e propositadamente desengonçadas com esquetes nordestinamente animados de uma flauta orgânica e percussão bem grave.

Jazz, pós-rock, afro-beat, sutilezas, agressividade, Hermeto, Hancock, erudito. É como se Jethro Tull fumasse um e tropeçasse numa ladeira de Olinda. E nem precisamos dar conta disso, o que exatamente descende. O ideário da banda, o jeito de incorporar estas influências dá conta de tudo. Do chorinho podem vir os metais orgânicos e inesperados, mas na música do Rivotrill eles não parecem improvisos; um acorde do começo da música ganha sentido elevado lá no final, depois de ser construído metodicamente durante toda a composição.

Cada música é uma história bem contada, sem precisar de palavras.

Formada por três jovens de 26, 22 e 21 anos, a Rivotrill existe há um ano. “Curva de Vento”, lançado esse ano, conta participações de Naná Vasconcelos, Spok, Renata Rosa e Yuri Queiroga.

(Valeu a dica e as palavras celophanie)



2 comentários:

Anônimo disse...

ducaralho mano. eles tocam em sampa?

paitomas disse...

Fala Fred,

ainda não fiquei sabendo de show dos caras aqui em Sampa, mas, claro que ao saber, farei os leitores do Cabana saberem. Saravá!!!